A juventude não é um período de vida;
ela é um estado de espírito,
um efeito da vontade,
uma qualidade de imaginação,
uma intensidade emotiva,
uma vitória da coragem sobre a timidez,
do gosto da aventura sobre
o amor ao conforto.
Não é por termos vivido um certo
número de anos que envelhecemos;
envelhecemos porque abandonamos nosso ideal.
Os anos enrugam o rosto;
renunciar ao ideal enruga a alma,
as preocupações, as dúvidas, os temores
e os desesperos, são os inimigos que
lentamente nos inclinam à terra.
Jovem é aquele que se admira,
que se maravilha e pergunta,
como a criança insaciável: e depois?
Que desafia os acontecimentos
e encontra alegria no jogo da vida.
És tão jovem quanto a tua fé.
Tão velho quanto a tua descrença.
Tão jovem quanto a confiança
em ti e a tua esperança.
Tão velho quanto o teu desânimo.
Serás jovem enquanto te conservares
receptivo, ao que é belo, bom, grande.
Receptivo às mensagens da natureza,
do Homem, do infinito.
E se um dia teu coração for atacado
pelo pessimismo e corroído pelo cinismo,
que Deus, então, se compadeça
de tua alma de velho.
Autor: Desconhecido
Imagem: Google
Comício em Beco Estreito
ResponderExcluirHoje, 30 de setembro de 2010, é o último dia para que os candidatos e coligações façam seus comícios, passeatas e carreatas, catando os últimos votos dos indecisos.
Em homenagem ao esforço de todos os candidatos - picaretas, canalhas, ladrões, FDP e também aos honrados:
Pra se fazer um comício
Em tempo de eleição
Não carece de arrodei
Nem dinheiro muito não
Basta um F-4000
Ou qualquer mei caminhão
Entalado em beco estreito
E um bandeirado má feito
Cruzando em dez posição.
Um locutor tabacudo
De converseiro comprido
Uns alto-falante rouco
Que espalhe o alarido
Microfone com flanela
Ou vermelha ou amarela
Conforme a cor do partido.
Uma ganbiarra véa
Banguela no acender
Quatro faixa de bramante
Escrito qualquer dizer
Dois pistom e um taró
Pode até ficar melhor
Uma torcida pra torcer
Aí é subir pra riba
Meia dúzia de corruto
Quatro babão, cinco puta
Uns oito capanga bruto
E acunhar na promessa
E a pisadinha é essa:
Três promessa por minuto.
Anunciar a chegança
Do corruto ganhador
Pedir o "V" da vitória
Dos dedo dos eleitor
E mandar que os vira-lata
Do bojo da passeata
Traga o home no andor.
Protegendo o monossílabo
De dedada e beliscão
A cavalo na cacunda
Chega o dono da eleição
Faz boca de fechecler
E nesse qué-ré-qué-qué
Vez por outra um foguetão.
Com voz de vento encanado
Com os viva dos babão
É só dizer que é mentira
Sua fama de ladrão
Falar dos roubo dos home
E tá ganha a eleição.
E terminada a campanha
Faturada a votação
Foda-se povo, pistom
Foda-se caminhão
Promessa, meta e programa...
É só mergulhar na Brahma
E curtir a posição.
Sendo um cabra despachudo
De politiquice quente
Batedorzão de carteira
Vigaristão competente
É só mandar pros otário
A foto num calendário
Bem família, bem decente:
Ele, um diabo sério, honrado
Ela, uma diaba influente
Bem vestido e bem posado
Até parecendo gente
Carregando a tiracolo
Sem pose, sem protocolo
Um diabozinho inocente.